Crônicas de uma prisão de ventre

Crônicas de uma prisão de ventre

domingo, 23 de maio de 2010

Primeiro trauma na infância

Eu ainda me lembro da época do colégio o quanto era difícil ir ao banheiro. As cabines quando tinham porta não tinham tranca e era tudo sempre sujo, papel então era raridade. Sempre que eu tinha vontade de fazer coco eu tentava segurar para não passar vexame no banheiro e então era comum eu chegar em casa com a roupa de baixo sempre suja. Uma certa vez resolvi encarar o medo e ir ao banheiro, escolhi um horário que imaginei do banheiro estar mais vazio e fui... consegui escolher a cabine com porta e tentei não baixar tanto as calças, pois o chão estava todo molhado de urina e tentei não sentar na privada pois o assento também estava urinado e com restos de fezes. Foi um malabarismo tenso, tentar segurar as calças, não sentar e segurar a porta para ninguém abrir... consegui relaxar um pouco e comecei a fazer, o problema foi quando percebi que estava acertando em tudo, menos dentro da privada e para piorar um moleque teve a péssima idéia de abrir a porta, assim que ele olhou pra mim praticamente cagando no chão ele começou a me chamar de cagão em voz alta, eu com medo de alguém ouvir levantei as calças do jeito que estava e sai correndo, todo sujo mesmo. Quando parei de correr vi que a parte do meu tornozelo estava sujo pois tinha caído meu próprio coco nele e me lembrei que não havia me limpado. Sem outra alternativa voltei para a sala de aula e obviamente todos sentiram o cheiro, a professora com pena veio em meu auxílio e me levou para o banheiro dos professores para me ajudar a me limpar. Além da humilhação tive que aturar as broncas da minha mãe. As coisas no colégio começaram a ficar mais fáceis quando minha prima passou a estudar lá também, mas isso conto depois.

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