Crônicas de uma prisão de ventre

Crônicas de uma prisão de ventre

sábado, 15 de agosto de 2015

Carnaval em vila velha - Parte 1 - A viagem

Essa história aconteceu em um dos raros carnavais que eu viajei. Eu tinha 13 anos na época e fui convidado para ir passar o carnaval em Vila Velha na companhia de minhas primas na casa de praia do namorado de uma delas. Aceitei ir após muitas insistências por parte da minha prima que era a minha mais amiga, a que estudava comigo e me ajudava a ir no banheiro feminino para cagar no colégio.

Uma parte do grupo foi de avião e os que não tinham dinheiro (eu) tive que ir no carro da esposa da dona da casa. Nesse carro estavam a motorista, duas filhas dela (uma menina da minha idade e uma de 7), a minha prima e eu. Era o único homem no carro e fui o que mais dei trabalho durante a viagem, se bem que a filha menor dela não foi tão sossegada assim.

A viagem seria em um Escort vermelho novinho com o ar condicionado do jeito que eu gosto, nível polar. Após arrumarmos a bagagem entramos no carro. Fui atrás sentado entre a filha mais nova da motorista e minha prima. Na frente foi a filha mais velha. Seria uma longa viagem por causa dos congestionamentos normais de carnaval e a motorista estava prevendo pelo menos umas 8 horas de viagem na estrada.

As primeiras duas horas foram normais, com muita cantoria no carro e outras brincadeiras para passar o tempo. Quando eu achava que iria conseguir dormir um pouco após a mais nova cair no sono e o carro ficar em silêncio eu comecei a sentir a primeira vontade de cagar. Veio meio fraca, mas acompanhada de umas flatulências que foram sentidas por todos no carro mas para a minha alegria a culpa caiu na menorzinha dormindo. Quando a vontade foi ficando mais forte eu comecei a cutucar a minha prima que entendeu na hora. Ela então avisou a motorista que estava muito apertada para ir ao banheiro e que não iria conseguir segurar muito tempo.  A Márcia (motorista) insistiu para que ela segurasse pois iria parar no próximo posto e sem ter outro argumento ela teve que aceitar. O tempo foi passando e não tinha posto, alias não tinha nada. Estrada e mato. Só isso. Em determinado momento o aperto foi crescendo e ficando cada vez mais forte até que não consegui segurar e senti que desceu um pouco nas calças. O cheiro do coco de imediato tomou conta do carro por causa do ar condicionado e a Márcia parou imediatamento no acostamento para irmos. A Flávia (a filha mais velha) era a que mais reclamava e dizia que iria vomitar. Minha sorte era que todos estavam pensando que a culpa era da minha prima.

 Márcia perguntou se a Cíntia (filha mais nova) queria ir no "banheiro" e a mesma disse que sim. A Flávia disse que não iria pq achava nojento e que preferia fazer nas calças do que agachada no acostamento de uma estrada. Eu tbm disse que iria e minha prima (Lívia) se ofereceu para levar a Cíntia enquanto a Márcia tomava conta do carro. O único problema é que descobrimos que não havia nenhuma papel na bagagem e que teríamos que arrumar um jeito de nos limpar. Fora a recomendação da Márcia para as meninas ficarem de um lado e eu de outro.

Ficamos com medo de entrar no meio do mato de modo que escolhemos umas moitas no acostamento. A Cíntia que para a mãe disse que queria fazer xixi nos disse que queria fazer coco. Nos agachamos então, inclusiva minha prima pra fingir que iria fazer alguma coisa e percebemos que da moita dava para ver a Márcia que estava fora do carro olhando a estrada fumando mas não via mais a Flávia. Cagamos então a Cíntia, que diga-se de passagem fez um cocozão de dar inveja a muita gente grande e eu para terminar o que tinha começado. Minha cueca estava acabada, tive que jogar no mato. Meus shorts também estava sujo mas não tinha o que fazer e o jeito era continuar usando ele. A Cíntia estava com uma freada na calcinha o que me fez pensar que ela estava segurando a vontade antes da viagem começar, mas a deixamos com vesti-la novamente.

Ao voltarmos para o carro a Márcia resolveu ir pra moita fazer xixi e eu fiquei preocupado pois ela iria ver minha cueca, mas para a minha surpresa ela foi para dentro do mato e ignorou a moita que usamos. Dentro do carro a Flávia nos explicou o porque. A moita não nos protegeu em nada, e elas conseguiram ver tudo, alias todos os motoristas na estrada nos viram também. Fiquei com muita vergonha, pois eu tinha uma queda pela Flávia e saber que ela me viu cagar e jogar minha cueca suja fora acabou com a minha esperança de conseguir alguma coisa.

A viagem seguiu com as janelas abertas com ar desligado pois o cheiro das bundas sujas e meus shorts impregnou o carro. Depois de um tempo paramos em um mini mercado de beira de estrada onde a Márcia comprou papel higiênico e água para nos lavarmos. Consegui pegar na bagagem um novo shorts e o sujo foi descartado no banheiro desse mercado.

A viagem seguiu mas não foi tão tranquila pois a Flávia que não havia ido ao banheiro iria precisar ir também, mas isso vou contar em outra parte.