Crônicas de uma prisão de ventre

Crônicas de uma prisão de ventre

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Carnaval em vila velha - Parte 2 - Flávia e o tarado do banheiro

Após o grande mico a viagem seguiu devagar e em silêncio. Ninguém queria tocar no assunto, eu não queria tocar em assunto nenhum até o fim da viagem. Márcia resolveu fazer rodízios de lugares, minha prima foi para o banco do carona e a Flávia veio sentar ao meu lado. Eu ainda não conseguia sequer olhar para ela, principalmente depois que ela contou com detalhes o que conseguiu ver do carro a moita que usamos. Ficar ao lado dela só acabou aumentando ainda mais meu constrangimento, pois apesar de ter me limpado e trocado de roupa ficou um cheiro chato e eu achava que todo mundo também estava sentido. Se arrependimento matasse...

A viagem seguia no esquema anda e para. A estrada estava parada, nunca tinha visto tanto carro e ônibus juntos na minha vida. Tudo continuou assim até que a Flávia pediu para a mãe para no primeiro lugar com banheiro, pois ela estava um pouco apertada. Já estávamos a pelo menos 5 horas viajando e ela ainda não tinha ido. A mãe dela achando se tratar de ser apenas uma parada para o xixi resolveu encostar em um posto velho onde haviam muitos caminhões.

Márcia disse que estava muito cansada de ficar sentada e dirigindo, então foi esticar as pernas andando pelos arredores do posto. Flávia e minha prima foram ao banheiro e eu fiquei tomando conta da caçula perto do banheiro. Lívia, minha prima, voltou fazendo uma cara de nojo muito engraçada. Dizia ela que esse foi o banheiro mais sujo e nojento que ela já foi na vida dela. Ela teve que fazer xixi em uma cabine sem porta, pois a única que tinha porta ela deixou para a Flávia usar. Reclamou ainda que ficou sem coragem de sentar no vaso e teve que fazer agachada tentando não tocar nas paredes, que segundo ela tinha merda, e sem deixar a roupa dela encostar no chão alagado de urina. Fora o medo de aparecer alguém e vê-la naquela posição ridícula. No final de tudo ela acabou mijando mais nas pernas do que no vaso, não tendo papel nem água nas torneiras para se limpar ela resolveu passar um pé da meia que ela estava calçando nas pernas.

Haviam se passado uns 30 minutos e nada da Flávia sair do banheiro e nem da Márcia voltar. Eu estava ficando mais preocupado com a Márcia porque não sabíamos onde ela estava, e quando estávamos quase saindo para procurar por ela escutamos um grito do banheiro. Nós três entramos no reflexo sem nem pensarmos no que estávamos fazendo. O banheiro parecia um cenário de filme de terror. Escuro, muito sujo e um fedor de mijo com bosta quase sufocante. Flávia estava encolhida em um canto do banheiro gritando, totalmente nua da cintura pra baixo tentando abaixar a blusa para tampar as partes íntimas (sem sucesso diga-se de passagem). Perto da cabine que ela estava usando tinha um velho tão barrigudo que ficava muita parte da pança dele para o lado de fora da camisa. Ele estava segurando a calcinha dela e se masturbando. A bermudinha que ela estava vestindo estava caída no pé dele em uma poça que eu acho que era xixi. Antes de dizer como terminou a situação vou dizer duas coisas que eu observei mesmo estando na adrenalina e com os gritos histéricos da Flávia em nossos ouvidos. São duas observações ridículas mas não conseguir evitá-las de fazer, foi mais forte e mais rápido do que eu.

 1 - A calcinha da Flávia sendo cheirada pelo caminhoneiro tarado tinha uma bela freada de bicicleta. Acho que a Flávia já estava prendendo essa vontade há muito tempo mas ficou com vergonha de ir na moita;
2 - A Flávia foi interrompida antes de finalizar o serviço, pois notei que ainda tinha um pedaço de merda preso na bunda dela que eu conseguia ver uma vez que ela estava agachada e o ângulo que eu estava favorecia isso.

Bom, minha prima tomou a iniciativa e mandou que o gordo entregasse a calcinha dela ou chamaria a polícia. O cara riu e disse que até a hora que a polícia chegasse ali ele já teria nos matado e fugido. Eu então meio que acordei e disse que pagaríamos para ela devolver a roupa dela. Ele então disse que não entregaria a calcinha por nada, chutou a bermuda na direção da Flávia se saiu caminhando normalmente do banheiro, nos empurrando e fazendo a Cíntia cair de bunda em uma sujeira no chão do banheiro. Minha prima ofereceu o outro pé de meia para a Flávia se limpar enquanto eu ia procurar a Márcia para nos ajudar. Andei o posto todo gritando por ela e quando estava quase desistindo de procurar para voltar para o banheiro eu vi a Márcia saindo de umas árvores ajeitando as roupas e logo depois saindo um cara fechando o zíper da calça. Fui na direção dela que ao me ver ficou furiosa dizendo que eu deveria estar com a filha mais nova dela, enquanto isso o cara saiu de fininho. Eu expliquei para ela o que aconteceu e saímos correndo para o banheiro. Chegando lá a Flávia já tinha se limpado e se vestido, a meia usada estava ao lado do pé dela (terceira obs ridiculamente tosca do dia). Ela garantiu para a mãe que ela não havia tocado nela e disse que a tranca da porta estava quebrada e que ele abriu a porta na força e ela correu para o canto deixando as roupas para trás.

Como as malas que estavam no carro eram só roupas da Lívia e minhas não tinha outra calcinha para a Flávia que teve que pegar emprestada uma com a minha prima, o shorts da Cíntia teve que ser jogado fora pois no empurrão do tarado ela caiu em cima de um pedaço de bosta e como não tinha outra roupa do tamanho dela teve que terminar a viagem só de calcinha de camisa. Não disse para ninguém onde eu achei a Márcia. Ela mesmo mais tarde me pediu para não contar para ninguém. A viagem terminou sem mais problemas, mas o carnaval não foi tranquilo e isso vou contar em outras partes.







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